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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

sexta-feira, 14 de março de 2008



Este é Dr. Leocádio José Correia
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160 anos

Médico de Homens e de Almas


Era o ano de 1.848, na bucólica Paranaguá, quando por volta das 22h30 da noite de 16 de fevereiro, noite cálida de verão, no solar dos Correias na Rua da Misericórdia, ouve-se o vagido de um recém-nascido, 3º filho do comerciante Francisco José Correia e de sua esposa Gertrudes Pereira Correia. Se fosse homem, já havia decidido o casal, chamar-se-ia Leocádio, Leocádio José Correia. E, assim foi. Estava encarnado entre nós um espírito de escol que se devotaria ao bem, por toda sua existência de nobre cavalheiro.

Naqueles tempos, Paranaguá era a cidadezinha mais importante da 5a. Comarca de São Paulo.

Na verdade, era o berço da civilização paranaense, pois foi ali, que em 29 de julho de l.648, Gabriel de Lara, fundara a Comarca de Paranaguá, sucedendo a Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. Àquele tempo, a vida na pequena cidade, era muito intensa, pois lá estava o Porto do gato, depois d’água, (hoje, D. Pedro II) que era a porta de entrada e saída do Paraná, visto que na ausência de estradas, tudo chegava e saia pelo mar. Ah !!! Como eram límpidas aquelas águas.

O bando de crianças da Rua da Misericórdia, daqueles tempos, era muito numeroso, pois ali estavam além de Leocádio, seu irmão Manoel, seu primo Ildefonso, sua irmã Maria José (nhá Coca, que casou com o Ildefonso, depois Baronesa do Cerro Azul) José Cleto da Silva, e o Juca. Os locais prediletos para brincadeiras: o Rio Itiberê. A Fontinha, o pátio do Colégio Jesuíta, o campo grande, o largo de Nhá Dodó, o pátio da Igreja Matriz, A prainha em frente ao Colégio Jesuíta.

Assim foi a infância de Leocádio em Paranaguá, um paraíso infantil, das águas límpidas do Itiberê e de Sol resplandecente.

Todavia, ainda muito cedo com 10 anos de idade, após os estudos das primeiras letras, Leocádio iria ingressar no Seminário menor diocesano de São Paulo, pois desejava ardentemente, face seu coração piedoso, ser sacerdote católico, para alegria de sua família, todos fervorosos católicos. Nos quatro anos que se seguiram, duas vezes por ano, Leocádio vinha a Paranaguá para passar suas férias. Não tardou, e Leocádio conclui seus estudos, e deve agora dirigir-se ao Seminário Maior episcopal de São Clemente, em São Cristovão, no Rio de Janeiro, para continuar sua formação, onde ao final, prestaria seus votos para o sacerdócio. Leocádio renúncia aos votos. Férias em Paranaguá agora, seria uma vez por ano.

Resolvera que iria estudar Medicina, na Escola Nacional de Medicina no Rio de Janeiro. Afinal, não era a Medicina também um sacerdócio? Como médico seria também um sacerdote devotado ao Bem dos semelhantes.

Então, naquele ano de 1.868, Leocádio retorna ao Rio de Janeiro, para ingresso na Faculdade Nacional de Medicina. Tempos difíceis!!! Embora o pai o ajudasse, Leocádio decide trabalhar para custear seus estudos. Vai lecionar francês, inglês, para as moças da alta sociedade carioca, pois naqueles tempos era moda as moças da alta sociedade estudarem música, francês e inglês.

Logo, forma um grupo numeroso de alunas, pois Leocádio era de uma simpatia invulgar. Não ganhava muito, mas o ajudava bastante e havia muito tempo , suficiente para estudar a sua Medicina. Foram seis anos de muitos estudos, muita devoção, muito trabalho, mas todas aquelas lutas seriam compensadas; afinal, o tão sonhado diploma de médico, e o tão esperado anel de grau com vistosa esmeralda, que ele depois, raramente usaria. Chances para ficar na Corte não lhes faltaram, o Ilustre catedrático o médico Torres Homem, médico da família Imperial, seu professor, muito insistiu para que Leocádio viesse a clinicar no Rio de Janeiro. Não podia ficar. Leocádio já havia decidido dedicar todo seu conhecimento ao povo de Paranaguá, ficaria ao lado de sua família, dos seus amigos e do povo necessitado. Iria constituir família casando-se com sua prima Carmela Cysneiro Correia, filha de sua tia, irmã de sua mãe, Dona Leocádia Pereira de Lima. Como Leocádio era homem de posses, cobrava dos clientes ricos para atender aos pobres, graciosamente.

Em pouco tempo, o nome do médico Dr. Leocádio, tornou-se o nome mais conhecido de Paranaguá, Antonina, Morretes, Guaratuba, e de todo o Litoral, tanto era sua dedicação aos pobres, comovido com a pobreza, que em pouco tempo, tornou-se uma lenda viva. Ora, um tal prestígio não passou desapercebido pelos primos do Partido Conservador, Ildefonso, seu cunhado, (depois Barão de Cerro Azul) e Euphrasio Correia, que queriam vê-lo Deputado Provincial. É claro que Leocádio rejeitou a idéia, nunca tinha lhe passado pela cabeça ser político. Os primos garantiram que fariam a campanha dele, e que ele não precisava fazer nada para ser eleito, seu nome e seu prestígio eram o suficiente. E foi assim que Leocádio elegeu-se deputado provincial sem pedir voto a ninguém. Em Paranaguá Leocádio era o centro da vida social, fundou o Clube Literário,onde introduziu as soirées dançante, ensinava francês de graça à noite para a juventude, ensaiava alunos para o teatro, e, era o maior médico da região. Leocádio era esfuziante de vida, tinha uma energia e uma simpatia que encantava a todos. Dedicava-se à Santa Casa de Misericórdia, onde fazia cirurgias. Leocádio era, em Paranaguá, uma verdadeira instituição social, pai devotado, marido extremado. Como um homem desses não seria amado pelo povo?

Pois, em que pese tudo isso, Leocádio também teve inimigos declarados , mais por ciúme e inveja, do que por outra coisa, é que Leocádio, embora fosse abolicionista convicto, não era republicano.

Leocádio foi sempre um homem extremamente religioso, católico fervoroso a vida inteira. Só depois de sua morte é que suas intervenções espirituais ganham notoriedade, e o consagram como espírito tutelar de nossa gente.

O “Dr. Leocádio” deixa o mundo físico, vindo a desencarnar em 18 de maio de 1886, pouco depois das 19h vivera portanto, 38 anos e alguns meses. Seu sepultamento foi o mais concorrido que se viu em Paranaguá, nenhum outro o superou até hoje.

Dona Cidinha e seu hospital

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Clássicos da Mediunidade...



A sabedoria do Espírito Odilon Fernandes,
em novas capas do IDE.
Vale a pena conhecer ou revisitar estas obras...


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Além da feira, há artesanato produzido pelo grupo de senhoras voluntárias do C. E. Jesus de Nazaré, grupo espírita atuante há 43 anos em Barra Velha

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


EVANGELHO DO LAR

"Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas
em meu nome, eu com elas estarei".Jesus (Mateus, 18:20)

O que é o Culto do Evangelho no Lar?

Trata-se do estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar. O Culto do Evangelho no Lar, realizado no ambiente doméstico, é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam.Permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos.

Ampliando-se o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança a outras criaturas, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra.As pessoas, unidas por laços consangüíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa e, dentro de suas possibilidades, buscarão, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, cônjuges e irmãos.

Através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer.Aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta Cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça.

Se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação. Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana. Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.

Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia.

O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas.As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.


Procedimentos


Escolhe-se um dia da semana e hora em que seja possível a presença de todos os familiares ou da maior parte deles, observando-se com rigor a sua constância e pontualidade, para facilitar a assistência espiritual.A direção do Culto do Evangelho no Lar caberá a um .dos cônjuges ou a pessoa que disponha de maiores conhecimentos doutrinários. Cabe lembrar, no entanto, que por se tratar de um estudo em grupo não é necessária a presença de pessoas com cultura doutrinária. Na pureza dos ideais e na sinceridade das intenções, todos aprenderão juntos, auxiliando-se mutuamente.

É importante que os temas sejam discutidos com a participação de todos, na medida do possível, sem imposições, para evitar-se constrangimentos.Deve-se buscar um ambiente amistoso, de respeito, pois, viver e falar com Jesus é uma felicidade que não se deve desprezar.Antes do início da reunião, prepara-se o local, colocando-se em cima da mesa água pura, em uma garrafa, para ser beneficiada pelos Benfeitores Espirituais, em nome de Jesus.


1. Leitura de uma mensagem

A leitura inicial de uma mensagem poderá, após, ser comentada ou não. Ela tem por objetivo propiciar um equilíbrio emocional, procurando harmonizá-lo com os ideais nobres da vida, a fim de facilitar melhor aproveitamento das lições.Poderemos lembrar obras com "Pão Nosso", "Fonte Viva", "Vinha de Luz", "Caminho, Verdade e Vida", "Palavras de Vida Eterna", "Ementário Espírita", "Glossário Espírita Cristão".


2. Prece Inicial

"Dando curso ao salutar programa iniciado por Jesus, o de reunir-se com os discípulos para os elevados cometimentos da comunhão com Deus, mediante o exercício da conversação edificante e da prece renovadora, os espiritistas devem reunir-se com regularidade e freqüência para reviver, na prece e na ação nobilitante, o culto da fraternidade, em que se sustentem quando as forças físicas e morais estejam em deperecimento, para louvar e render graças ao Senhor por todas as suas concessões, para suplicar mercês e socorros para si mesmos quanto para o próximo, esteja este no círculo da afetividade doméstica e da consanguinidade, se encontre nas provações redentoras ou se alongue pelas trilhas da imensa família universal."

Após a leitura da mensagem, inicia-se o Culto do Evangelho no Lar, com uma prece. A oração deve ser proferida por um dos participantes, em tom de voz audível a todos os presentes e de forma simples e espontânea, não devendo ser, portanto, decorada. Os demais, acompanham-no, seguindo a rogativa, frase por frase, repetindo,-mentalmente, em silêncio, cada expressão, a fim de imprimir o máximo ritmo e harmonia ao verbo, ao som e a idéia, numa só vibração.

Na prece pode pedir-se o amparo de Deus para o lar onde o Evangelho está sendo estudado, para os presentes, seus parentes e amigos; para os enfermos, do corpo e da alma; para a paz na Terra; para os trabalhadores do Bem e etc.A prece, além de ligar o ser humano à espiritualidade, traduz respeito pelo momento de estudo a realizar-se.


3. Estudo do Evangelho de Jesus

O estudo do Evangelho do Cristo, à luz da Doutrina Espírita - "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec - poderá ser estudado de duas formas:
a) estudo em seqüência - o estudo metódico, em pequenas partes, permite o conhecimento gradual e ordenado dos ensinamentos que o livro encerra. Após o seu término, volta-se, novamente, ao capítulo inicial;b) estudo ao acaso - consiste na abertura, ao acaso, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o que ensejará, também, lições oportunas, em qualquer ocasião.

Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.Pode reservar-se, posteriormente, um momento de palavra livre, onde os participantes da reunião exponham situações da vida prática, para o melhor entendimento e fixação das lições.4. Prece de agradecimentoUm dos presentes fará uma prece, agradecendo as bênçãos recebidas no Culto do Evangelho no Lar, pela paz, pelas lições recebidas etc.

Observações

A duração do Culto do Evangelho no Lar deve ser de até 1 (uma) hora, mais ou menos.
No Culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. A sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão, a fim de que seus participantes melhor se conduzam na jornada terrena. Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea.

Deve-se evitar comparações ou comentários que desmereçam pessoas ou religiões. No Evangelho busca-se a aquisição de valores maiores, tais como a benevolência e a caridade, a compreensão e a humildade, não cabendo, dessa forma, qualquer conversação menos edificante.
A realização do Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspensa em virtude de visitas inesperadas. Deverá ser esclarecido o assunto com delicadeza e franqueza, convidando-se o visitante a participar do Culto, caso lhe aprouver.

O Culto do Evangelho no Lar não deve ser prejudicado, também, em virtude de solicitações sem urgência, recados inoportunos, passeios, festividades de qualquer ordem. Soluções razoáveis, de imediato, ou iniciativas, apôs a reunião, deve ser o caminho para superar os pretensos impedimentos.

Somente no caso de situações incontornáveis, em que todos não possam estar presentes, é que se justifica a não realização do Culto do Evangelho no Lar.

Evite-se ligar rádio ou televisão no dia do Culto, próximo e depois da hora de sua realização, bem como a leitura de jornais ou obras sem caráter edificante, para que se mantenha um ambiente vibratório de paz e tranqüilidade dentro do Lar, bem como saídas à rua, senão para inevitáveis e inadiáveis compromissos.Presença de criança no CultoAs crianças devem, também, participar do Culto do Evangelho no Lar. Nesses casos, os adultos descerão os comentários ao nível de entendimento delas.

Recomenda-se a leitura, como subsídio, dos capítulos 35 e 36 da obra "Os Mensageiros", do Espírito André Luiz, e "Evangelho em Casa", do Espírito Meimei, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier e editadas pela Federação Espírita Brasileira.

Fonte: Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.