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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Fernanda Vogel... de volta...

Saiba detalhes sobre a linda carta que a modelo desencarnada em 2001 enviou através do médium Carlos Baccelli, de Uberaba, e conheça o que a mãe de Fernanda falou sobre essa mensagem

Uma linda e inspirada carta ditada pelo espírito Fernanda Vogel ao médium Carlos Baccelli trouxe alento à família da jovem modelo de 20 anos de idade, que desencarnou em 27 de julho de 2.001, num dos acidentes mais comentados e noticiados na época pela TV e pela imprensa em geral. A queda do helicóptero no mar vitimou Fernanda e mais um tripulante. O namorado dela, João Paulo Diniz, conseguiu sobreviver.
O casal iria comemorar os dois meses de namoro na casa da família Diniz em Maresias, litoral paulista, mas o mau tempo derrubou a aeronave. O piloto Ronaldo Jorge Ribeiro também morreu no acidente. O co-piloto Luiz Roberto de Araújo Cintra e João Paulo conseguiram nadar até a praia.
Na época, João Paulo chegou a ser acusado de induzir o piloto a voar apesar do mau tempo e de condições meteorológicas adversas. A suspeita é descartada por própria Myrian Vogel, mãe da modelo. “O João foi uma vítima também. Ele estava no helicóptero e nunca se colocaria em risco”, diz a comissária. Na época, a mãe negou inclusive qualquer desentendimento com as famílias Vogel e Diniz. 
Foi esse momento de dor e lágrimas que levou a família Vogel em busca de respostas. Confiando na mediunidade, os familiares foram a Uberaba em busca de uma carta consoladora. E ela veio. Na carta recebida pelo psicógrafo uberabense Carlos Baccelli, em 20 de julho de 2.010, no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, no bairro de Lourdes, em Uberaba, Fernanda se manifesta e revela certos detalhes do acidente.
A mãe acredita nas mensagens espíritas, segundo reportagens feitas em 2003 pela revista Isto É Gente. O alento veio inicialmente de oito mensagens recebidas de dois centros espíritas no Rio, entre eles o Centro Espírita Leon Denis (CELD), uma referência doutrinária devido ao trabalho do saudoso Altivo Caríssimi Pamphiro, hoje na Espiritualidade.
Além do conforto buscado em terras cariocas, também houve a busca pela mensagem psicografada por Baccelli, em Uberaba. Em todas elas, algumas enviadas por uma professora de Fernanda na época do primário, a modelo dizia estar bem e conformada com seu destino. Através de Baccelli, Fernanda diz que na hora do acidente, João fez o que pôde para socorrê-la, e o espírito da avó da modelo, Maria Luiza, foi quem a ajudou no instante decisivo.
Fernanda pede à mãe que tenha confiança na misericórdia de Deus, e que foi o espírito da avó que a retirou das águas do mar, com facilidade impressionante. No Plano Espiritual, Fernanda entrou em sono profundo e despertou vários dias depois. Cita ainda a presença espiritual de uma tia chamada Isabel, e não conserva mais lembranças tristes do acidente. Fernanda diz estar agora estudando e trabalhando, mas as “passarelas da imortalidade” trazem outras aspirações, não mais de caráter tão pessoal.
Um ponto interessante citado pelo espírito Fernanda na mensagem via Baccelli é a assistência amiga do próprio Altivo Caríssimi Pamphiro. Ela mesma diz que comparece, do Plano Espiritual, às atividades do CELD, e Altivo, a tem encorajado em sua necessidade de adaptação à nova realidade.
Católica, a mãe de Fernanda diz não ter coragem de presenciar as manifestações nos centros, mas as considera reconfortantes. Um dia antes de o corpo ser encontrado, em agosto de 2001, Myriam recebeu a carta de uma professora de Fernanda, que atuava num grupo que atua no socorro dos espíritos recém-desencarnados no Rio de Janeiro. Foi essa professora, juntamente com outra médium do grupo espírita, que viram primeiramente o espírito de Fernanda.  
O anjo da guarda de Fernanda deu informações para a professora, que procurou Myriam. A mãe de Fernanda, inicialmente, não acreditou, embora confiasse na idoneidade da professora. E destacou na época à revista Gente ter absoluta certeza da veracidade de pelo menos um dos recados, em que a filha se refere às violetas e margaridas plantadas pela mãe no peitoril da janela de seu apartamento. “Ninguém do centro espírita tinha ido à minha casa”, afirma Myrian.
Em seguida, vieram mensagens, inicialmente, pelo Lar Espírita de “Frei Luiz”, no Rio de Janeiro, e no final de 2010, o encontro com o médium Baccelli. “É um remédio para a alma. Um alívio para outros pais que perderam seus filhos, porque mostra que existe a continuidade”, afirma a comissária, revelando ter recebido vários “sinais” da Espiritualidade antecipando os momentos difíceis pelos quais a filha passaria. Estes “sinais” acabaram virando um livro – “Fernanda Vogel na Passarela da Vida” (editora 7 Letras, 252 páginas), da jornalista Tammy Luciano.
A psicografia acabou postada também na internet, no popular site de vídeos Youtube, já com mais de 2.500 acessos. E muitos internautas se emocionaram com a mensagem psicografada. Meyre Aparecida considera “feliz daquele que conhece as leis Deus, o qual dá a oportunidade maravilhosa” de através dos sonhos encontrar entes queridos. “E mais gratificante ainda a oportunidade de receber notícias de que nossos amados estão bem, procurando se evoluir espiritualmente”.
Comunicações familiares deste gênero não são novidades para quem estuda ou se interessa pelo Espiritismo. Desde “O Livro dos Espíritos”, de autoria de Allan Kardec, e mais precisamente na obra “O Céu e o Inferno”, é possível entender como se processam as comunicações familiares – a absoluta maioria delas sem qualquer informação da família repassada anteriormente ao médium que a recebe.
A psicografia, entretanto, se popularizou com Chico Xavier, a partir de 1927, em Pedro Leopoldo, terra natal do médium de Minas Gerais. E dos anos 70 em diante, na última fase de seu abençoado apostolado mediúnico, Chico deu vazão à mais ampla consolação de cartas familiares como essa da modelo Fernanda – tarefa psicográfica que hoje é seguida pelo próprio Baccelli e por outros médiuns uberabenses, como Celso de Almeida Afonso e Alaor Borges, entre outros.
“Muitos pensam que com a partida do Chico, não há mais quem faça o trabalho da recepção das cartas consoladoras”, diz Raul Rodriguez, articulista espírita. “Mas os médiuns, verdadeiras pontes de luz com a Espiritualidade, estão lá, trabalhando”, observa.
Carlos Baccelli dedica-se à recepção de cartas consoladoras em sessões que para qualquer pessoa que não entende o fenômeno, seriam exaustivas. Entra em transe sempre aos sábados e domingos, de madrugada – o trabalho inicia às 7h, mas às 4h, ele já está no Lar “Pedro e Paulo” recepcionando mães e demais familiares de caravanas de todo o Brasil e até do Exterior. O transe, em geral, vai das 6h até 10h, ou um pouco menos.
A média é de sete a oito comunicações por sessão, mais a mensagem final sempre dada por Irmão José, o mentor espiritual de Baccelli. O auditório, para mais de 200 pessoas, é saturado pela emoção. Detalhes familiares, apelidos, assinaturas muito semelhantes, situações da intimidade que só o desencarnado e um ou outro parente sabiam – ou nem mesmo sabiam, pois em alguns casos, a confirmação de fatos narrados na carta vem depois de uma pesquisa.
No caso das assinaturas muito semelhantes, a estudiosa da mediunidade Suely Caldas Schubert, no DVD “Mediunidade, o que você precisa saber”, da Mundo Maior Filmes, explica que esse é um gênero ou especificidade da mediunidade muito raro – Chico também captava a letra dos espíritos, que foram inclusive alvo de estudos do especialista Carlos Perandrea, no livro “A Vida Triunfa”, da Editora FE. Baccelli também tem essa especificidade mediúnica.
A beleza da mensagem de Fernanda Vogel, reconhecida pelos familiares, deixa à mostra uma das facetas mais consoladoras do Espiritismo – justamente, as cartas psicografadas.   


Recepção de cartas familiares não é fácil, leciona doutor Odilon
Mas a recepção de cartas familiares, prevista em “O Livro dos Médiuns”, obra na qual o insigne Codificador dedica toda a segunda parte para analisar as manifestações espíritas, não é um processo fácil e envolve toda uma somatória de responsabilidades.
No capítulo 13 da segunda parte de “O Livro dos Médiuns” estão dadas as primeiras informações sobre a psicografia direta ou manual, e mais explicações estão no capítulo 14, “dos médiuns”, e ainda no capítulo 24, “da identidade dos espíritos”.
“O Livro dos Médiuns” é sempre a obra de referência quando o assunto é a comunicação com os espíritos e o exercício das faculdades mediúnicas. O já citado “O Céu e o Inferno” também, em virtude dos relatos detalhados da situação de vários espíritos.
“Não é fácil para o médium dedicar-se à recepção das referidas páginas, mormente quando atuando em público”, leciona o espírito Odilon Fernandes, também através da mediunidade de Carlos Baccelli. “Dentre os vários fatores a serem considerados, há muitas nuances”, frisa o espírito.
Segundo Odilon, como existem espíritos que também atuam como médiuns no próprio plano espiritual, o intérprete encarnado das mensagens particulares como a de Fernanda, advindas do Mais Além para a Terra, pode captá-las de seu Espírito Protetor e não propriamente do autor desencarnado, quando ele esteja impossibilitado de fazê-lo por si.
Na obra “O Transe Mediúnico”, da editora LEEPP, de Uberaba, doutor Odilon fala mais sobre a recepção de cartas como a da modelo, numa obra totalmente embasada em “O Livro dos Médiuns”. “As mensagens mediúnicas familiares, recebidas principalmente por meio da psicografia, constituem um capítulo à parte no estudo da mediunidade”, observa, no capítulo 36.
Fernandes orienta que somente à custa de exaustivos exercícios, num período de tempo, mais ou menos longo, é que o médium, em geral, se mostrará apto à recepção de mensagens de caráter particular. E nesses casos, “torna-se indispensável maior grau de confiança” do próprio médium em si e nos espíritos que o assessoram.
“Não obstante, se o médium carece de combater a própria insegurança, não lhe convém, sob qualquer hipótese, prescindir do discernimento na avaliação prévia do teor de da conveniência de tais comunicados”, continua Odilon.
Na visão do orientador espiritual, mais do que em qualquer outro setor da mediunidade, posta em nome do Cristo a serviço do consolo e do esclarecimento aos que sofrem com a suposta ausência de seus entes queridos, arrebatados que foram pela desencarnação, o medianeiro chamado a atuar nesse campo e atividade doutrinária necessita estar imbuído do maior desinteresse de natureza pessoal.
“Que o médium que se faz intérprete das mensagens mediúnicas particulares não cogite, por recompensa de seu esforço e de sua dedicação, mais do que a alegria de ser útil no cumprimento do seu dever”, adverte Odilon.
Aos adversários
Outro detalhe importante nesse aspecto das cartas familiares é levantado por Odilon Fernandes no capítulo 29, e destinado aos adversários do Espiritismo – em especial ligados às religiões dogmáticas, que vêem no Espiritismo algo de “ocultismo”, seja por desconhecimento ou mesmo má fé. Segundo Odilon, os que acusam os adeptos do Espiritismo de promover a comunicação dos espíritos a contragosto destes, estão, pois, enganados.
“Em geral, os desencarnados também se esforçam pelo contato, e tanto assim é que são eles, que não os encarnados, que promovem os encontros espirituais que acontecem durante o desdobramento natural do sono”. E acrescenta: “quase sempre, é a presença dos familiares encarnados em determinado centro espírita que efetua uma evocação indireta daqueles espíritos com os quais desejam entabular um diálogo”.
Na visão de doutor Odilon, os espíritos, por si, por mais que fossem chamados, não iriam responder à evocação de um médium que, para eles, na maioria das vezes, é pessoa desconhecida, sem nenhum laço afetivo mais forte que justifique o seu comparecimento a esta ou àquela reunião.
No caso de Fernanda Vogel, pelo número de mensagens dela já encaminhadas à família, foi a busca dela própria em confortar seus entes queridos preponderante para que as cartas chegassem à sua mãe.  
“Por isso”, diz doutor Odilon, “o médium Chico Xavier se valia de uma expressão para definir, com palavras claras e objetivas, a essência do fenômeno de intercâmbio entre encarnados e desencarnados”: - “O telefone só toca de Lá para Cá...”.

Por Juvan de Souza Neto, jornalista e radialista. Em Barra Velha, Santa Catarina, edita o jornal doutrinário Espaço Espírita, de circulação trimestral (cejn.org.br) e preside o Centro Espírita Jesus de Nazaré, fundado em 1965. Publicado originalmente na Revista Espiritismo & Ciência. Foto: Internet / Site Terra. Caso o uso dessa imagem viole direitos autorais, nos notifique que a retiraremos. 



domingo, 29 de setembro de 2013

Estudo sequencial ou sistematizado? Reflexões nos 35 anos do ESDE




Nestes tempos de reflexão sobre os 35 anos do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita no Brasil, ousamos, dentro de nossa limitação doutrinária, traçar algumas reflexões. Sem dúvida, o ESDE é uma significativa ferramenta para o Estudo na Casa Espírita. Aqui em Barra Velha, litoral norte de Santa Catarina, já completamos todo o ciclo (apostilas I, II e tomo único) da nova edição da FEB e completamos também algumas apostilas anteriores, também da FEB, Feparaná e também na Mediunidade, com apostilas igualmente febianas.

Mas na condição de dirigente, fico ao mesmo tempo satisfeito de observar progressos no grupo, e preocupado. Não estamos invertendo a ordem do estudo? Por mais que o ESDE tenha estratégias pedagógicas, planos de aula, propostas de discussão, avaliação final, ele acaba por suprimir o conhecimento DIRETO que o estudioso da Doutrina poderá ter com a Obra Básica em questão. E mais: esse ESDE será SEMPRE o fruto da pesquisa e seleção de um grupo de encarnados - em que pese a boa vontade e conhecimento amplo dos elaboradores da apostila e o fato de eles se basearem nas lições dos Imortais.

Essa sistematização não vem, digamos, diretamente da Espiritualidade Superior (não pelo menos no grau que temos quando nos deparamos com as Obras Básicas), e pode suprimir trechos importantes da Codificação que chegaram para nós justamente como o Codificador queria que chegasse: na mesma ordem metodológica e didática que sabemos que o Senhor Allan Kardec usou, desdobrando sua primeira obra em quatro outros livros, a partir dos livros (ou sublivros) de "O Livro dos Espíritos".

Desde 2009, em Barra Velha, nós apostamos no Estudo Sequencial. Primeiro, o Sequencial: "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns" (que ainda não fizemos), "O Evangelho Segundo o Espiritismo", já completado. Já completamos igualmente "O Céu e o Inferno" e "A Gênese" também. E outras ricas e oportunidades obras sequenciais: "O Consolador", "Nosso Lar", "Os Mensageiros” (em andamento), "O Espírito e o Tempo" (recentemente concluído, fantástico livro), e agora estamos em "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", Léon Denis. Claro que isso dividido em dias e horários diferentes, com monitores diferentes. E junto disso, o ESDE, nas segundas-feiras, recentemente concluído.

Vejam bem: não estou minimizando a importância do ESDE ou qualquer outra estratégia de aprendizagem, pois como bem lembrou o confrade Marcelo Henrique Pereira, de São José, Santa Catarina, o Codificador (em “Obras Póstumas”, no “Projeto 1868”, que todos deveriam ler e reler), foi profético ao recomendar a preparação e profusão de “Um curso regular de Espiritismo”, o qual seria “professado com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios”. Continua Kardec frisando que “este curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as ideias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns”.

Vimos, por nós próprios, que apenas recomendar que o estudioso da Doutrina Espírita leia as Obras Básicas em casa, por si só, não basta. Muitos não chegam nem a "O Que é o Espiritismo?". Absoluta maioria sequer abriu as páginas da Revista Espírita (inclusive eu, que concluí e parei na primeira delas).

Aí, uma casa espírita que oferece apenas a leitura em apostilas durante 5, 10, 15 anos, correrá o risco de ao final perguntar quem conhece a fundo o conteúdo, por exemplo, do "O Livro dos Espíritos", e receber apenas a resposta: "É, conheço, mas trechos dele...". Será um conhecimento fragmentado. "Picotado".

Chegamos à conclusão que na casa espírita, o primeiro deve ser mesmo o ESTUDO SEQUENCIAL. A apostila vem depois. É complemento, é imprescindível, vem como referencial teórico, acrescido de excelentes trechos de ótimas obras, vasta bibliografia e todas as vantagens citadas acima. Essa é nossa modesta opinião.

Por hora, rogamos as bênçãos do Cristo aos lutadores, dos Dois Planos, dessa excepcional proposta de estudo e metodologia elaborada nos últimos 35 anos chamada “ESDE”. Mas ousamos dizer: "Em primeiro, Kardec por Inteiro!"

Juvan Neto
C. E. Jesus de Nazaré
Barra Velha - SC.


Leia mais: http://www.cejn.org.br/news/noticias-estudo-sequencial-ou-sistematizado-reflex%c3%b5es-nos-35-anos-do-esde-/

Simplicidade e luz no movimento espírita cubano

Cenas da incrível “Jornada Global Espírita” de 2009 mostra o clima de fraternidade e simplicidade do movimento espírita em Cuba, mas também dão uma ideia da razão pela qual o País já é a segunda maior nação espírita do mundo 


Há tempos pensei em sugerir o link do presente vídeo aos espíritas da nossa listagem, e ao vê-lo reiteradas vezes, sempre pensei se essa “Caravana Global”   mostrada nas imagens em Cuba não teve muito da própria “Caravana da Fraternidade”, marco da Unificação do Espiritismo no Brasil em 1950. Hoje achei um espacinho na agenda para, em texto, convidar os confrades a “viajar” com a gente junto do movimento espírita cubano.


Está aí, o vídeo de 2009, gravado em Cuba, que mostra a caravana organizada por dirigentes e confrades espíritas da Ilha, juntamente com integrantes da Aliança Espírita Evangélica (entidade espírita brasileira). Foram 14 dias de viagens dentro da ilha, com 1.000 espíritas participantes e 2.200 km percorridos!

O objetivo foi estreitar laços e integrar (ou será unificar?) o movimento espírita cubano, isso quatro anos antes do Congresso Espírita Mundial, que neste ano, o Conselho Espírita Internacional promoveu na mesma ilha, de 22 a 25 de março. Parece até mesmo que os auspícios da Espiritualidade surgiram na ocasião visando mesmo o estreitamento de laços!

A cada cena não há como não associar certa similaridade à nossa “Caravana da Fraternidade”: notamos a grande fraternidade dos cubanos, mas também a simplicidade de nossos irmãos espíritas. Casas espíritas ainda muito acanhadas – algumas até verdadeiras choupanas, com tijolos sem reboco e cobertura de palha – servindo para espargir a Luz Espírita em Cuba. Bibliotecas muito simples, livros antigos. Raros materiais pedagógicos de estudos...

Veem-se ainda quadros de Kardec e de Amália Domingo Soler (nobre dama do Espiritismo na Espanha), figurando nas paredes – e há até alguns centros ainda com crucifixos na parede ou no piso, um pequeno atavismo que por certo, não inviabiliza o bem que deve ali acontecer e a difusão dos ensinos espíritas-cristãos. Ao assisti estas cenas, fiquei imaginando o exato conceito de “Cristianismo Redivivo”, diante dessas reuniões. O esforço da Espiritualidade... e quão belas devem ser estas reuniões.

Até mesmo casas com práticas ritualísticas e um velho senhor benzedor foram visitados, além de conhecidos núcleos familiares, que ainda não se formaram em centros espíritas. Em muitos lugares, mesas de frutas eram oferecidas aos visitantes!

A caravana iniciada na Sociedad Espírita Sendero de Amor y Luz, em Havana, avança, em grupos de 10 até 200 confrades, por províncias e cidades como Camaguey, Bayamo, Las Tunas, Puerto Padre, Holguim, San Pablo de Yao (província de Granma)... e a cada “centrinho espírita”, muita simplicidade, mas os sorrisos de alegria estampados... os grupos passam pelo Consejo Espiritista de Cuba, Iglesia Episcopal Cuba (que cede espaço, de forma fraterna, para as reuniões espíritas!) e até mesmo são recebidos no Comitê Central do Partido Comunista Cubano.

Diante do vídeo, entendi porque Cuba é o maior país espírita depois do Brasil, conforme dados do próprio CEI. Como bem publicou a Revista Internacional de Espiritismo (RIE) de maio de 2013, o país é considerado a segunda nação em número de centros espíritas, superando países como Colômbia e Portugal, onde são grandes os números de instituições espíritas. Até então, pensávamos ser Portugal o detentor da segunda colocação.

A RIE aponta que até 1963 houve total liberdade religiosa na ilha, tanto que, entre 1935 e 1963, realizaram-se 26 grandes encontros espíritas nacionais, mas, depois, os trabalhos públicos espíritas foram proibidos. Em 2.000 voltaram a acontecer os encontros espíritas públicos, que culminaram com a primeira visita de Divaldo Franco à ilha em 2008.

O congresso do último mês de maio contou com 24 delegações do exterior e com a maciça participação dos espíritas cubanos. Foram 1.200 congressistas do país anfitrião, 569 brasileiros e 243 de outros países. Aliás, desde o ano 2.000 os líderes espíritas de Cuba vêm trabalhando em conjunto com o Ministério das Religiões para a ampla liberdade religiosa, e o crescimento da Doutrina se dá mesmo porque o panorama é outro: o governo cubano apoia a difusão espírita na ilha.

FEB envia contêiner de livros

Em 2008, o então secretário geral do Conselho Espírita Internacional, Nestor Masotti, obteve o compromisso da Ministra das Religiões de Cuba, Caridad Diego Bello, de que haveria uma maior abertura para a importação de livros pelos espíritas, o que foi conseguido. A Federação Espírita Brasileira, em seguida, enviou um contêiner ao país com livros espíritas que foram distribuídos entre as instituições cubanas, para suprir a falta de material para as reuniões. Um grande avanço, que fará a Doutrina avançar ainda mais, pois sabe-se o grande nível de leitura do povo cubano.

Segundo a médica Marlene Nobre, em entrevista a Claudia Santos, a mudança em relação ao Espiritismo tem se acentuado com o tempo. Na verdade, o ressurgimento do Espiritismo em Cuba é algo extraordinário. Há 400 centros espíritas em Cuba, já legalizados, e 200 em vias de legalização. A abertura religiosa é agora tutelada pelo governo. E ela tem sido efetiva e irreversível.

Entretanto, há divisões doutrinárias, como o “Espiritismo de Cordão”, onde todos rezam de mãos dadas, o “Espiritismo Trincadista”, que não considera a Doutrina como Religião e o “Espiritismo de José de La Luz”, nobre entidade que orienta o movimento cubano sob as diretrizes de Kardec. Cremos que o tempo fará uma maior unificação doutrinária, pois temos de entender que a rigor, nem mesmo no Brasil há uma unificação total.

Confiram o vídeo! Que Jesus abençoe nossos irmãos tarefeiros espíritas cubanos, hoje e sempre!

 

Juvan Neto        
C. E. Jesus de Nazaré
Barra Velha – SC
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sábado, 21 de setembro de 2013

Presença de Carlos Baccelli


Uma defesa para quem não precisa de defesa, já que sua postura e seu exemplo são seus maiores currículos 

Mais uma vez, acompanhei o médium uberabense em um ciclo de palestras em nossa região, passando pelas cidades de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Sete Lagoas, Santa Luzia e Belo Horizonte. Momentos de muita reflexão e bastante aprendizado. Em todas as palestras, destaque em relação à leitura e ao estudo do Pentateuco Kardequiano e das obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier. Segundo Baccelli, as obras através de Chico Xavier representam o desdobramento natural das Obras Básicas de Allan Kardec. Por isso mesmo, alertou que não podemos permitir que elas sejam esquecidas.     
Conheço o médium uberabense Carlos Antônio Baccelli desde a década de 80, quando freqüentávamos a Casa da Prece, onde o nosso amigo e benfeitor Francisco Cãndido Xavier nos acolhia a todos com amor e generosidade. Boas lembranças e muitas recordações. Na verdade, Baccelli acompanhava as tarefas com Chico Xavier, desde o início da década de 70, ainda na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba.
Nestes anos de estreita convivência, em parceria mediúnica com Chico Xavier, produziram 10 belíssimas obras. Atualmente Baccelli já produziu 108 obras, psicografadas ou não, de grande conteúdo e valor doutrinário. Dentre estas, 15 são obras biográficas sobre Chico Xavier, algumas delas em parceria com Márcia Baccelli, sua esposa. O que nos leva a considerar o Baccelli como sendo o maior biógrafo de Chico Xavier.
Nos anos 80 quando se falava que, no futuro, as nossas instituições espíritas deveriam funcionar 24 horas, na minha ingenuidade, ficava me perguntando como seria possível organizar tantas reuniões neste período. Entretanto, ao visitar pela primeira vez o Lar Espírita Pedro e Paulo em Uberaba, instituição fundada pelo Baccelli, pude perceber o que significava funcionar integralmente, pois as reuniões aconteciam e ainda acontecem em uma instituição de atendimento aos idosos, seguindo a recomendação de Jesus: “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” e a orientação da Doutrina Espírita: “Fora da Caridade não há salvação”.
Além desta instituição, Baccelli foi o fundador da Casa do Caminho, instituição de auxílio aos portadores do HIV, colaborador no Centro Espírita Bittencourt Sampaio, além de idealizador e fundador de outras casas espíritas na cidade de Uberaba. 
Desde 1999, quando Baccelli esteve pela primeira vez no Grupo Espírita Scheilla, na cidade de Pedro Leopoldo, acompanho suas atividades em nossa região e posso dizer de algumas de suas qualidades como, por exemplo, sua autenticidade e dedicação sem limites. Além do mais, não faz pose de guru ou médium popstar (muito comum em nosso movimento) e todas as vezes que vem a nossa região, não faz nenhum tipo de exigência.
Quanto àqueles que não gostam do seu estilo, aproveito para dizer que um dos grandes problemas na atualidade é a intransigência, o desrespeito pelas diferenças. O mundo seria muito chato se todos nós fôssemos iguais. Portanto, em um movimento de liberdade de expressão é muito natural que as pessoas expressem as suas opiniões, defendam teses fruto de pesquisas e investigações. Neste mundo das diferenças todos nós podemos crescer sem desqualificar o outro. E, muitas vezes, somente o tempo irá nos dizer sobre os nossos erros e acertos.   
Portanto, seguindo a recomendação evangélica “Conhece-se a árvore pelos frutos”, posso afirmar que desde a década de 80 e nos 21 anos de convivência que tive com Chico Xavier, o uberabense Carlos Antônio Baccelli expressa, no discurso e na prática, a grande influência que Chico teve em sua vida.
Baccelli é um dos trabalhadores espíritas que merece o nosso respeito e o nosso reconhecimento, pois vem procurando dar a sua parcela de colaboração e testemunho na perspectiva de um movimento espírita voltado para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e feliz. 

 

Jhon Harley Madureira Marques
Presidente do Conselho Curador da Fundação Cultural Chico Xavier e Colaborador no Grupo Espírita Scheilla e na Casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo. Autor da mais completa biografia de Chico Xavier em Pedro Leopoldo - "O Voo da Garça", da Vinha de Luz Editora.        

terça-feira, 16 de julho de 2013

A profética mensagem de Neio Lucio em 1945


O Brasil parou no mês de junho para assistir a um novo fenômeno social – a “Revolta dos 20 centavos”, ou “Revolução do Vinagre”, mostrou a disposição da sociedade brasileira em exigir um País melhor. Mostrou nossa intolerância com a corrupção e a falta de valores que comprometem todas as instâncias de poder.

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 Diferentemente do “Fora Collor” ou das “Diretas Já”, o povo foi às ruas sem bandeiras partidárias ou sem lideranças personificadas. É um novo momento na História do Brasil, que está fazendo a comprometida classe política sentir que o povo não suporta mais esse estado de coisas – bem próprio de um planeta em transição.

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 Popularmente, o povo brasileiro destacou frases como “Vem pra rua!” e “O gigante acordou!”, lutando para ser ouvido. Como toda a luz se faz rodeada pela sombra, houve também a atuação de grupos radicais e inaceitáveis atos de vandalismo – sem falar na truculenta reação policial dos primeiros dias, mostrando governos totalmente despreparados para entender a soberania popular e o que de fato, estava se desenhando nas ruas.

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Para colaborar com a reflexão, Chico Xavier parece ter sido profético. Ou melhor, o Espírito Néio Lucio, que numa mensagem do livro “Sementeira de Luz” (Editora Vinha de Luz) parece antecipar o que estaria (ou está) por vir na Pátria Brasileira. Na mensagem, de 5 de dezembro de 1945, o autor espiritual fala em “onda de renovação”, ao tratar a conjuntura brasileira, e revela que desde 1939, o Brasil esteve como um “grande lar”, sagrado e acolhedor, porém “fechado por defesas magnéticas do Plano Espiritual” que somente "se abriram em 1945”. “Sofreremos muito ainda para consolidar os alicerces da verdadeira democracia. Aliás, isso é natural. Os países mais idosos na experiência do “governo do povo, pelo povo e para o povo” foram compelidos a pesados esforços coletivos para ambientá-lo”, assevera o mentor, destacando ainda que, naquela altura da situação espiritual do País, já era “hora de modificações supremas, de renovação dos caminhos, de revisão dos roteiros”.

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 Na ocasião, Neio Lucio sentenciou que, a partir da posição do Brasil no plano dos desencarnados, os poucos anos que correram de 1889 a 1945 são “frações mínimas de tempo” – e o mesmo poder-se-ia dizer de 1945 até 2013, já que para a Espiritualidade Superior, séculos são simples lampejos na fração do tempo, que pertence a Deus. “Adicione-se a isso”, segue o mentor, “o impulso inato de liberdade dos brasileiros, de liberdade de direitos com limitação de deveres e reconheceremos que nos resta fazer muito na ossificação do ‘gigante’ nacional”. Nesse trecho, de forma impactante, Neio Lucio já faz sua citação ao “gigante”, em analogia ao Brasil e aos dias atuais, quando a frase de ordem é mesmo “o gigante acordou”.

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Também na intrigante mensagem, Neio Lucio deixa a todos duas outras frases que merecem maior reflexão de parte do movimento espírita: “o país sofrerá todas as modificações em curso nas outras nações do globo”, e, por fim, “é lastimável a perturbação geral oriunda do nosso excesso de bem-estar”. Estejamos, portanto, atentos a essa visão profética de Chico Xavier e seus mentores. Oremos, vigiemos e vibremos pelo Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

Confira a mensagem completa 

“Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, como sempre, são os nossos votos, desejando-lhes muita saúde e paz, extensivas ao nosso caro Chico Guimarães. Seguimos, com interesse, o comentário de vocês relativamente à situação política do nosso país, situação repleta de problemas intricados e complexos em face da onda de renovação. 

Desde 1939, o Brasil esteve como um “grande lar”, sagrado e acolhedor, porém fechado por defesas magnéticas do Plano espiritual que somente se abriram agora, em 1945, em se modificando a posição europeia. Fez-se o possível por defender o santuário doméstico da pátria e preservá-lo, contudo, agora, requisita-se dos companheiros encarnados o preciso coeficiente de cooperação. 

O país permanece, frente à frente, com as mil e uma novidades que a última grande guerra trouxe em seu bojo monstruoso. Hora de modificações supremas, de renovação dos caminhos, de revisão dos roteiros. E podem crer que o serviço ainda é de análise, sem ser o trabalho das aplicações práticas que apenas poderá sobrevir, encerrada a fase experimentalista. 

É lastimável a perturbação geral oriunda do nosso excesso de bem-estar. As exigências atuais não nos colhem na situação de esgotamento ou de pauperismo. Não vimos o infortúnio de perto. A necessidade não nos humilhou a economia física. E na zona espiritual do conhecimento, estivemos a distância, como enorme núcleo infantil bem protegido, mercê da Providência Divina. É por isso que não estamos sabendo estabelecer o equilíbrio necessário. Agraciados pela Sublime Misericórdia, ignoramos como aplicar os dons e dádivas recebidos. 

Daí os primórdios da luta política que se esboça em paisagem aparentemente calma. Continuará nossa esfera de ação, cooperando pela tranquilidade brasileira, através de todos os recursos ao nosso alcance. Entretanto, cessada a organização defensiva em outubro último, por força das circunstâncias inelutáveis, a maior quota de serviço e concurso estará afeta aos homens responsáveis. O descontentamento, contudo, é grande. Pelo fato de não possuirmos “infelicidades mesológicas” ou “sociais”, importamos as que flagelam outros países. 

Adquirimos as questões proletárias da Rússia, compramos desvarios políticos da França, buscamos influências dogmáticas de Portugal e da Espanha e, agora, para extirpar enfermidades coletivas que procuramos, com as próprias mãos, pelo gosto da moda, a Nação experimentará talvez dificuldades de vulto. Por nossa vez, avisamos a todos vocês, nossos amigos mais íntimos, para que estejam a postos, a fim de que a segurança espiritual lhes constitua porto legítimo de vida pacífica e construtiva.

Há tantas feras observando as portas que outra atitude não nos deve preocupar acima da noção de vigilância de nossa própria paz. É bem amargo comentar a paisagem atual do Brasil com semelhante aspereza de conceituação, todavia, a sinceridade deve imperar entre aqueles que podem senti-la e aproveitá-la. Sofreremos muito ainda para consolidar os alicerces da verdadeira democracia. Aliás, isso é natural. 

Os países mais idosos na experiência do “governo do povo, pelo povo e para o povo” foram compelidos a pesados esforços coletivos para ambientá-lo. Creiam que, considerados de nossa posição no plano dos desencarnados, os poucos anos que correram de 1889 a esta parte são frações mínimas de tempo. 

Adicione-se a isso o impulso inato de liberdade dos brasileiros, de liberdade de direitos com limitação de deveres e reconheceremos que nos resta fazer muito na ossificação do “gigante” nacional. Em razão disso, encaremos as questões com a preocupação justa, mas sem trair a serenidade que nos deve orientar. Em tais sucessos, é indispensável cultivar o desapego com noção de responsabilidade individual como planta predileta do espírito. 

De outro modo, seria afrontar a ventania arrasadora, entregue à intempérie, sem abrigo de qualquer espécie nos círculos de atividade espontânea da natureza. Foi possível reduzir ao mínimo a quota de sangue do Brasil no grande conflito internacional, mas o país sofrerá todas as modificações em curso nas outras nações do globo. 

Ondas destruidoras e reedificadoras entrecruzam-se, desde o Atlântico ao Pacífico, desde o Brasil ao Japão. É a enorme luta evolutiva! Chegam devagarinho, insensivelmente, como todas as ordens de Deus. Ao fim de certo tempo, contudo, agigantam-se para ser utilizadas com êxito em nosso campo individual. Prossigamos lutando, dividindo o tempo entre a construção das mãos e do coração. Corpo e espírito, materialidade e espiritualidade, hoje e amanhã. 

Felicitamos o Chico Guimarães pelo seu início nos estudos aplicados de magnetismo curador. Acredite, meu amigo, no bem que pode fazer. Lembre-se de que Jesus não o aposentou e que os seus esforços podem beneficiar a muitos. Estimamos a sua cooperação na obra do Abrigo Jesus e admitimos que o seu quadro de possibilidades é extenso e valioso. 

Que Deus o fortifique e o conduza. Agora, despeço-me. Consola-me a certeza de que, em se tratando de política, não o fiz senão com o objetivo de alertá-los. Nosso candidato ainda e sempre é o Cristo, o supremo governador, isso, naturalmente, com o devido respeito ao nome do homem digno, em que vocês e nós acreditamos encontrar as melhores qualidades para dirigir o País. 

É preciso não esquecer que vocês ainda se encontram na Terra e necessitam encontrar a sintonia com aqueles Espíritos mais elevados, a quem o Senhor conferiu o mandato da administração em Seu nome. 

Que Ele nos ajude e inspire sempre. Recebam o carinhoso abraço do papai muito amigo que não os esquece, 

Arthur Joviano (Neio Lúcio) - psicografia de Chico Xavier no livro SEMENTEIRA DE LUZ - www.vinhadeluz.com.br