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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma Oração da Presença

Wagner Borges


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sois olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga as almas boas.
Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que você perceba a ternura invisí¬vel tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na Terra ou no Espaço e por onde quer que o seu espírito lindo leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta de tudo aquilo que é impossí¬vel exprimir por palavras.
Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome, aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que esse amor transforme os teus dramas em luz, as tuas tristezas em celebração e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, você esqueça da presença que está em você e em todos os Seres.

domingo, 8 de agosto de 2010


Pergunta nº 966. Por que das penas e gozos da vida futura faz o homem, às vezes, tão grosseira e absurda idéia?

Resposta dos Espíritos Superiores: “Inteligência que ainda se não desenvolveu bastante. Compreende a criança as coisas como o adulto? Isso, ao demais, depende também do que se lhe ensinou: aí é que há necessidade de uma reforma.
“Muitíssimo incompleta é a vossa linguagem, para exprimir o que está fora de vós. Teve-se então que recorrer a comparações e tomaste como realidade as imagens e figuras que serviram para essas comparações. À medida, porém, que o homem se instrui, melhor vai compreendendo o que a sua linguagem não pode exprimir.”

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Assim como é vasto o número de crenças religiosas ou filosóficas sobre o orbe terrestre, é igualmente vasto o campo de concepções que estas crenças trazem sobre a ideia inicial de “céu e inferno”, ou das penas e recompensas que aguardam o homem após a chamada “morte”, que no conceito da Doutrina Espírita, é tão somente a passagem para o mundo espírita ou espiritual.

Por isso, enquanto nos postulados espíritas, há toda uma conceituação acerca do que nos espera “do outro lado”, mostrado através da concordância universal do ensino dos espíritos, trazida por Kardec, e também pela série André Luiz, psicografada por Chico Xavier, há ainda conceitos simplórios ou até infantis. Para quem estuda o Espiritismo, não cabe mais a ideia de “céu e inferno”, de “penas eternas”, de “juízo final”, para outros irmãos nossos, de crenças apegadas ainda à letra bíblica, estes conceitos ainda soam muito naturais.

Aliados a eles, ainda há o conceito muito forte de um “Deus” com ares de vingador, que pune, que castiga, que tem preferências por este ou por aquele, ou que se mostra falho ao “perder a guerra” contra um suposto diabo, que leva as almas para o inferno, de onde nunca mais, para a teologia convencional vigente, Deus poderia subtraí-la. Acreditar nestas “grosseiras e absurdas ideias”, com diz Kardec na pergunta acima, seria acreditar num Deus falho, não compatível com Sua Onipotência, Onisciência e Onipresença.

E não só a crença nas regiões de punição eternas ou purgatoriais se apresenta de forma incompleta para muitas crenças. O conceito de “céu” é ainda primário para muitas filosofias religiosas. Aliás, como nós, “cegos espirituais” acostumados com a penumbra ou mesmo com a escuridão completa, poderíamos qualificar e conceituar esferas de luz de mundos superiores, aos quais ainda não nos é possível acessar, devido nossa inferioridade? Mas uma certeza podemos ter: a instrução, o estudo correto da Doutrina, nos favorece nessa busca por concepções mais amplas de Deus e de suas leis imutáveis. (por Juvan de Souza Neto)

A Consciência - muito além da superfície do Eu


Os espíritas devemos nos atentar mais aos atributos da Consciência. Partícula mais íntima de nossa realidade integral, a Consciência é nosso verdadeiro eu - o ‘self’ da Psicologia Transpessoal, nossa verdadeira identidade como espíritos eternos criados por Deus.

A Consciência é, ao mesmo tempo, o início e o fim da nossa identidade espiritual. É nela que estão escritas, de forma indelével, as Leis de Deus, eternas, imutáveis, inexauríveis, como está sentenciado pelos Luminares da Codificação, na resposta número 621 de O Livro dos Espíritos, resposta essa dada ao professor Allan Kardec.

Nós que estamos na casa espírita diariamente, nos esforçando para superar um passado de débitos e construir um futuro de reequilíbrio, colaborando com os propósitos de Jesus, precisamos parar para analisar o que somos de fato. Tentar entender onde está a “pedrinha do nosso sapato”, identificar vícios e virtudes, buscando a superação do primeiro e a dilatação do segundo.

Léon Denis, na magistral obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, livro que em 2009 completa exatos 90 anos de publicação, descortina, em nosso benefício, mais informações sobre a questão da consciência. “A alma é uma emanação, uma partícula do Absoluto”, leciona o filósofo. “Suas vidas têm por objetivo a manifestação cada vez mais grandiosa do que nela há de divino, o aumento do domínio de seus sentidos e energias latentes”.

Para Denis, a ampliação da Consciência pode ser alcançada por processos como a meditação, o conhecimento da Ciência, o trabalho e o exercício da moral. Mas a melhor forma de expansão consciencial é mesmo utilizar todos esses modos de aplicação, juntamente do que Denis considera o mais eficaz: o exame íntimo, a firme vontade de melhorar nossa união com Deus e o desapego das coisas materiais.

Esse processo de auto-análise, tão necessário aos espíritas nos dias contemporâneos, é o que Victor Hugo chava de “olhar o exterior dentro de nós”, ou ainda, inclinarmo-nos sobre “este poço, o nosso espírito”.

Temos que entender, novamente corroborando com Léon Denis, que nossa origem e participação na Natureza Divina, já que somos filhos de Deus, espíritos eternos, explica necessidades que temos na condição de espíritos em evolução - necessidade de infinito, de justiça, de luz, de sondar todos os mistérios, de estancar nossa sede espiritual.

Quantas vezes nos flagramos cabisbaixos ou mesmo às raias de uma depressão, ou de um processo íntimo de desvalorização - por vezes motivados por atuação de obsessores - simplesmente pelo fato de nos depararmos com crises de culpa, sentimentos conflituosos, ansiedade ou autopunição. O fato é que queremos realmente “nos santificar” do dia para a noite. E isso não deixa de ser um atavismo oriundo de nossas concepções religiosas anteriores, que de fato prometiam esta “santificação”, ao externar a premissa “pare de sofrer”, como se o processo do sofrimento pudesse ser extinto por uma “borracha mágica” da divindade, que nos aliviaria de nossos fardos simplesmente por aceitarmos a mensagem cristã. Mas sabemos que não é assim.

Não há “santificação” no processo da maturidade espírita. Deve haver esforço individual, gradual e por certo lento (devido ao nosso livre-arbítrio), para melhorarmos a pouco e pouco. Mas devemos ter a certeza irrefreável que a Consciência, nosso ‘self’, eu mais profundo, está intrinsecamente em nós, e nela, as Leis de Deus. “Sob a superfície do ‘eu’, superfície agitada pelos desejos, esperanças e temores, está o santuário que encerra a Consciência integral, calma, pacífica, serena, princípio da Sabedoria e da Razão, de que a maior parte dos homens só tem conhecimento por surdas impulsões ou vagos reflexos entrevistos”, diz Léon Denis. E se temos um santuário interior, que aloja nossa Consciência, isso é tão somente o cumprimento da assertiva de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando ele afirmou que “o Reino de Deus está dentro de nós”.

Por Juvan de Souza Neto - Editorial do Jornal Espaço Espírita, edição 26.

domingo, 27 de junho de 2010

Wallpaper Joanna de Ângelis


Baixe aqui os Wallpapers com pensamentos de Joanna de Ângelis pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco

Oração pelos Médiuns


Senhor Jesus, que nossos irmãos médiuns sejam amparados em suas lutas e provas, prosseguindo no fiel desempenho de suas obrigações entre os homens da Terra!
Que não se desviem do caminho que escolheram percorrer, resistindo às tentações do atalho em que tantos enveredam, comprometendo a tarefa que, em Teu nome, abraçaram.
Quem todos eles possam perseverar no testemunho da fé, sem esmorecimento, na exaltação do ideal espírita ante a descrença que campeia, como causa originária de todos os males que assolam a Humanidade!
Sabemos, Senhor, que muitos deles faceiam dificuldades acerbas, em forma de incompreensão e intolerância, não raro por parte daqueles dos quais seria justo esperar indispensável apoio e palavras de encorajamento!
Que mesmo sorvendo o amargo fel da ingratidão, jamais retrocedam em seus propósitos de ascensão, compreendendo e perdoando aos que se revelam incapazes de vencer o comodismo, expondo-se às circunstâncias adversas em que preferem continuar conspurcando a consciência!...
Não os deixe fraquejar, a fim de que, mais tarde, não se arrependam de não terem sido leais a Ti, olvidando as Tuas exortações pela edificação do Mundo Melhor, a começar de nossa própria renovação!
Intérpretes da luz da Verdade, situados entre os dois planos da Vida, que ela possa resplandecer através de suas atitudes cotidianas no seio da família, no ambiente de trabalho, enfim, na existência em comum com os semelhantes, sempre na expectativa do socorro do Alto por alguém que lhes estenda as mãos!
Que não lhes falte, Mestre, oportunidade de trabalho que, pelo menos, lhes garanta com honestidade o pão de cada dia, para que não se rendam às constantes sugestões do mal no sentido de mercadejarem com os dons espirituais de que são portadores!
Sejam eles, onde estiverem, a bandeira da Imortalidade a se desfraldar ao vento das adversidades do fanatismo e do preconceito, erguida como ponto de referência aos que anseiam por se resgatarem aos vales do materialismo e da ilusão!
Que a vaidade e o personalismo não os atormentem e não os vençam em seu amor inicial pela causa do Evangelho Restaurado, que nos tem sido a motivação maior de viver!
Mestre, abençoa os que se anulam, por anônimos medianeiros de Tua excelsa vontade no mundo!...
Pelo Espírito Spartaco Guilhardi
Mediunidade de Carlos Baccelli
Do livro “Ser Espírita” • Editora LEEPP