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domingo, 8 de agosto de 2010


Pergunta nº 966. Por que das penas e gozos da vida futura faz o homem, às vezes, tão grosseira e absurda idéia?

Resposta dos Espíritos Superiores: “Inteligência que ainda se não desenvolveu bastante. Compreende a criança as coisas como o adulto? Isso, ao demais, depende também do que se lhe ensinou: aí é que há necessidade de uma reforma.
“Muitíssimo incompleta é a vossa linguagem, para exprimir o que está fora de vós. Teve-se então que recorrer a comparações e tomaste como realidade as imagens e figuras que serviram para essas comparações. À medida, porém, que o homem se instrui, melhor vai compreendendo o que a sua linguagem não pode exprimir.”

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Assim como é vasto o número de crenças religiosas ou filosóficas sobre o orbe terrestre, é igualmente vasto o campo de concepções que estas crenças trazem sobre a ideia inicial de “céu e inferno”, ou das penas e recompensas que aguardam o homem após a chamada “morte”, que no conceito da Doutrina Espírita, é tão somente a passagem para o mundo espírita ou espiritual.

Por isso, enquanto nos postulados espíritas, há toda uma conceituação acerca do que nos espera “do outro lado”, mostrado através da concordância universal do ensino dos espíritos, trazida por Kardec, e também pela série André Luiz, psicografada por Chico Xavier, há ainda conceitos simplórios ou até infantis. Para quem estuda o Espiritismo, não cabe mais a ideia de “céu e inferno”, de “penas eternas”, de “juízo final”, para outros irmãos nossos, de crenças apegadas ainda à letra bíblica, estes conceitos ainda soam muito naturais.

Aliados a eles, ainda há o conceito muito forte de um “Deus” com ares de vingador, que pune, que castiga, que tem preferências por este ou por aquele, ou que se mostra falho ao “perder a guerra” contra um suposto diabo, que leva as almas para o inferno, de onde nunca mais, para a teologia convencional vigente, Deus poderia subtraí-la. Acreditar nestas “grosseiras e absurdas ideias”, com diz Kardec na pergunta acima, seria acreditar num Deus falho, não compatível com Sua Onipotência, Onisciência e Onipresença.

E não só a crença nas regiões de punição eternas ou purgatoriais se apresenta de forma incompleta para muitas crenças. O conceito de “céu” é ainda primário para muitas filosofias religiosas. Aliás, como nós, “cegos espirituais” acostumados com a penumbra ou mesmo com a escuridão completa, poderíamos qualificar e conceituar esferas de luz de mundos superiores, aos quais ainda não nos é possível acessar, devido nossa inferioridade? Mas uma certeza podemos ter: a instrução, o estudo correto da Doutrina, nos favorece nessa busca por concepções mais amplas de Deus e de suas leis imutáveis. (por Juvan de Souza Neto)

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